Inovando para os pacientes e o planeta: impulsionando a assistência médica equitativa e sustentável

• A inovação pode enfrentar os desafios mais urgentes do setor de saúde, incluindo o custo do atendimento, a escassez de pessoal e as crescentes disparidades na saúde, ao mesmo tempo em que reduz o impacto ambiental do setor.
• As comunidades carentes são normalmente as mais atingidas pelos impactos climáticos. Para que o sistema de saúde seja realmente igualitário, ele também deve ser sustentável.
• A colaboração e a parceria são fundamentais para a implantação eficaz de tecnologias de saúde na escala necessária.

O setor de saúde está em um momento de grande transformação. Em um setor que já estava enfrentando o ônus combinado do crescimento e do envelhecimento da população, o aumento das doenças crônicas e as restrições de recursos, os recentes impactos ambientais na saúde e a pandemia da Covid-19 ressaltaram tanto a prevalência das desigualdades na saúde quanto a necessidade urgente de sistemas de saúde mais sustentáveis e resilientes. [1]

A transformação digital do setor de saúde, impulsionada pelo rápido avanço de tecnologias como inteligência artificial (IA) e informática em saúde, é uma grande promessa para melhorar a eficiência e a produtividade do sistema de saúde, reduzindo a carga sobre a equipe e aprimorando a experiência do paciente. Mas é fundamental que inovemos de forma a oferecer um atendimento médico mais equitativo e sustentável – não para alguns, mas para todos. Isso exige que reconheçamos e abordemos as barreiras injustas e evitáveis à saúde enfrentadas pelas comunidades marginalizadas e carentes, bem como os efeitos devastadores da mudança climática que, embora ameacem toda a humanidade, muitas vezes atingem essas mesmas comunidades mais cedo e com mais força.

O que queremos dizer com "assistência médica igualitária e sustentável"?

Um sistema de saúde equitativo não se limita a garantir a disponibilidade de atendimento: trata-se também de enfrentar barreiras mais amplas, como educação em saúde e distância física dos hospitais. As empresas de tecnologia da saúde, como a Philips, desempenham um papel fundamental como inovadoras e impulsionadoras da transformação digital. Como? Conectando mais pacientes aos cuidados de que precisam e, ao mesmo tempo, tornando mais fácil e eficiente o atendimento prestado pelos profissionais de saúde.

Para que o sistema de saúde seja realmente igualitário, ele também deve ser sustentável. Ironicamente, os sistemas de saúde do mundo são responsáveis por mais de 4% das emissões globais de carbono – mais do que os setores de aviação ou transporte – e geram grandes quantidades de resíduos. [2]

Desde 1946, o direito à saúde (incluindo acesso a atendimento, água potável segura e moradia adequada) tem sido reconhecido internacionalmente como um direito humano fundamental. E, em 2022, a Assembleia Geral das Nações Unidas afirmou por unanimidade que um ambiente limpo, saudável e sustentável é um direito humano.

A realidade de que a saúde humana e a saúde ambiental estão inextricavelmente ligadas é fundamental para a saúde sustentável. O objetivo é oferecer atendimento de qualidade àqueles que precisam, quando precisam, minimizando o impacto ambiental:

• reduzindo a pegada de carbono do setor de saúde por meio da obtenção de energia de fontes renováveis e da otimização da eficiência energética, tendo como meta a neutralidade de carbono (redução de emissões e compensação de carbono) e, em última instância, o zero líquido (redução de emissões em toda a cadeia de valor de acordo com o padrão Net Zero da iniciativa Science Based Targets, SBTi)
• eliminando a poluição e o desperdício de recursos (escassos), como o hélio líquido, que é usado para resfriar o ímã nos scanners de ressonância magnética
• reduzindo o uso de materiais por meio da circulação de produtos, peças e materiais, mantendo-os em seu valor e utilização mais altos pelo maior tempo possível, com zero desperdício indo para aterros sanitários, e "desmaterializar", mudando para soluções baseadas em software e na nuvem
• digitalizando a infraestrutura de saúde para alcançar mais pacientes e aumentar a eficiência e a produtividade
• regenerando sistemas naturais, dobrando a curva da perda de biodiversidade e garantindo a segurança hídrica.
  

Em curto prazo, os efeitos climáticos nocivos agravarão as desigualdades de saúde existentes e cobrarão um preço humano cada vez mais alto. Como setor, temos a responsabilidade de agir com urgência. 

Soluções para promover cuidados de saúde igualitários

Embora a localização geográfica e o status socioeconômico de uma pessoa estejam fora do controle direto de uma empresa de tecnologia de saúde, os inovadores podem projetar de forma a reconhecer e ajudar a abordar os determinantes sociais da saúde.

Na Philips, nos dedicamos a promover a equidade na saúde e a melhorar o acesso ao atendimento por meio de nossas inovações tecnológicas de ponta na área da saúde - visando comunidades onde as disparidades na saúde são mais pronunciadas e onde nossas intervenções podem causar um impacto significativo.

As soluções móveis oferecem novas maneiras de levar o atendimento crítico para mais perto dos pacientes. Na Austrália, por exemplo, quase 30% da população vive em áreas regionais e rurais. [3] Muitas vezes, as pessoas têm de se ausentar do trabalho e providenciar transporte para buscar o atendimento de que precisam em áreas urbanas/metrópole. Acrescente a isso a questão da acessibilidade econômica, e o resultado é que as pessoas muitas vezes negligenciam a busca por atendimento oportuno. Trabalhando com a Heart of Australia, a Philips ajudou a criar um "hospital sobre rodas" capaz de levar serviços de diagnóstico por imagem, como raios X e tomografia computadorizada, a comunidades de difícil acesso.

Nos EUA, a Philips se uniu à Emory University e a outros parceiros locais para estender o acesso à saúde à população vital e vulnerável de trabalhadores rurais da Geórgia. Essa população numerosa e transitória normalmente se depara com riscos à saúde e barreiras significativas ao acesso para cuidados médicos, incluindo falhas de comunicação e falta de convênio médico e transporte. Além de prestar assistência à comunidade de trabalhadores rurais, o Farm Worker Family Health Program também oferece aos estudantes de enfermagem experiência prática com tecnologias inovadoras da Philips, como o ultrassom portátil Philips Lumify, e acesso ao HeartStart AED da Philips, que salva vidas.

A compreensão das necessidades de populações específicas e a cocriação com parceiros do ecossistema de saúde ajudam as empresas de tecnologia a inovar em soluções mais equitativas e sustentáveis. Tecnologias como o ultrassom móvel com suporte de IA e aplicativos móveis são realmente promissoras para fechar as lacunas de atendimento na saúde materna e infantil. Um de nossos mais recentes empreendimentos de inovação, uma colaboração com a Fundação Bill e Melinda Gates, visa melhorar os resultados da gravidez desenvolvendo inteligência artificial (IA) para o ultrassom baseado em tablet Lumify para permitir que profissionais de saúde, como enfermeiras e parteiras, realizem melhor o ultrassom obstétrico. Essa inovação tem o potencial de melhorar o atendimento materno,  especialmente para mulheres que vivem em áreas remotas e desassistidas.