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Chip shortage patient monitors

jul 08, 2022

Chips para a proteção da vida: a escassez global de chips coloca em risco a produção de dispositivos e sistemas médicos que salvam vidas

 Tempo de leitura previsto: 3 - 5 minutos

Este post foi originalmente publicado no site do Fórum Econômico Mundial.

A grave escassez global de chips está prejudicando a fabricação de dispositivos e sistemas médicos que salvam vidas. Se não tomarmos medidas imediatas para solucionar este problema, pacientes em todos os cantos do mundo serão afetados.

Os chips eletrônicos, também conhecidos como semicondutores, são frequentemente referidos como os “cérebros” que alimentam as tecnologias modernas. Essas pequenas maravilhas da tecnologia são componentes essenciais de equipamentos e sistemas médicos vitais, como dispositivos de ultrassom que examinam o desenvolvimento de um feto, desfibriladores que respondem a uma parada cardíaca súbita e monitores de pacientes que avaliam os sinais vitais de um paciente na unidade de terapia intensiva (UTI). Em uma UTI, as condições dos pacientes podem mudar rapidamente, e o acesso a dados em tempo real possibilita às equipes de atendimento garantir que os sinais de deterioração não sejam ignorados. Caso não sejam tomadas medidas para solucionar os problemas de fornecimento de chips no setor de tecnologia médica, poderemos testemunhar uma séria escassez desses dispositivos, e muitos outros.

Dada a grave escassez de chips, peço enfaticamente aos fabricantes e fornecedores de semicondutores que priorizem a alocação de chips para dispositivos médicos vitais.

Frans van Houten

CEO da Royal Philips

Patient M with pregnant woman. Image title: Chips for Lives. Image: Philips

A transformação digital da saúde

A escassez de chips chega em um momento em que os prestadores de serviços de saúde estão sob pressão crescente, causada, por exemplo, pelo envelhecimento da população e pelo aumento de doenças crônicas. Além disso, enquanto o número de pacientes aumenta, observa-se uma crescente falta de pessoal. Muitos de nós vivenciamos os efeitos dessa situação, como nos longos tempos de espera e nos impactos sobre as equipes de saúde, que lutam para conseguir gerenciar as cargas de trabalho. A transformação digital da saúde pode ajudar a aliviar esta pressão e enfrentar os muitos desafios atuais – melhorar e fortalecer os sistemas de saúde para beneficiar os pacientes, os profissionais e as comunidades num todo – mas ela depende em grande parte de tecnologias e sistemas que requerem o uso de chips. De modo que nós precisamos evitar uma situação em que a escassez de chips interrompa essa transformação.

A pandemia da COVID-19 expôs e até mesmo exacerbou muitos dos problemas na área da saúde. Ao mesmo tempo, ela também mostrou como as novas tecnologias ajudam a estabelecer uma prestação de cuidados de saúde mais eficiente e bem-sucedida. Os avanços no atendimento virtual e nas tecnologias inteligentes, por exemplo, permitem que as equipes médicas monitorem e tratem pacientes além dos limites do hospital. Tais desenvolvimentos podem ajudar a moldar um futuro para a área da saúde, no qual podemos dar mais atenção ao atendimento domiciliar e à prevenção, no qual o diagnóstico é mais preciso e o tratamento mais personalizado e preditivo. Queremos garantir que todos possam acessar o tratamento de que precisam, quando e onde precisarem, e que os profissionais de saúde possam se concentrar em cuidar dos pacientes, e não nas – cada vez maiores – tarefas administrativas. Esta é a promessa oferecida pelas novas tecnologias e sistemas.

Priorizar o setor de tecnologia médica

A Philips tem tido diálogos contínuos com os principais fabricantes de chips sobre como conduzir ações para atender às demandas e, trabalhando com governos e outros, o setor de tecnologia médica certamente tem sido ativo na tentativa de garantir mais chips. No entanto, apesar dos esforços substanciais para garantir a continuidade do fornecimento, os desafios estão apenas aumentando. Em alguns casos, os prazos de entrega aumentaram para mais de 52 semanas.

Ao mesmo tempo, mais pessoas estão buscando cuidados médicos importantes que foram atrasados ou adiados devido à pandemia. Pode levar anos para que muitos sistemas de saúde consigam lidar com os enormes acúmulos de pacientes e, à medida que priorizem isso, a demanda por novos equipamentos médicos e, consequentemente, mais chips, seguirá aumentando. Além disso, projeta-se que o crescimento global da demanda de chips irá quase dobrar entre 2021 e 2028, gerando uma grave escassez de chips para vários setores.

Infelizmente, o setor de tecnologia médica compete com os setores automotivo, industrial e de consumo por um suprimento limitado de chips indispensáveis. Devido à necessidade urgente de chips no setor de tecnologia médica, que representa apenas 1% do fornecimento total, pedimos que as alocações de chips sejam priorizadas em um nível que permita que o setor atenda às demandas atuais de fabricação de dispositivos médicos.

Ultrasound / care provider in hospital. Image title: Chips for Lives. Image: Philips

Enfrentando a escassez de chips

Precisamos agir agora para garantir o fornecimento de semicondutores, mantendo uma alocação sustentável de chips para dispositivos e sistemas médicos que salvam vidas, e para continuar a melhorar a prestação do cuidados de saúde. A Philips está trabalhando em estreita colaboração com o setor de tecnologia médica em geral para aumentar a transparência no abastecimento dos mercados e enfatizar a necessidade do pronto acesso aos chips. Além disso, as associações do setor de tecnologia médica estão trabalhando com legisladores, autoridades governamentais e o setor em geral para encontrar uma solução de longo prazo que possa garantir um fornecimento constante de chips semicondutores.

Destacando a natureza crucial do problema da escassez de chips, a Comissão Europeia emitiu uma recomendação aos Estados-membros para resolver essa escassez imediatamente e se envolver com os fabricantes de chips para a priorização de setores críticos, como o da saúde. O governo dos Estados Unidos também reconheceu o impacto da escassez de chips sobre os pacientes e está dialogando com o setor para priorizar o setor de tecnologia médica.

Dada a grave escassez de chips, peço enfaticamente aos fabricantes e fornecedores de semicondutores que priorizem a alocação de chips para dispositivos médicos vitais. O objetivo deve ser o de garantir uma melhor disponibilidade de chips para um setor que é fundamental para manter a saúde e o bem-estar das populações em todo o mundo – agora e no futuro.

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Ileana Carrasco

Ileana Carrasco

Gerente de Comunicação Externa e Relações Públicas

Tel: +1 305 520 9025

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