Centro de Notícias | Brasil
Preparando a saúde para o futuro na América Latina

nov 27, 2025

Preparando a saúde para o futuro na América Latina com cuidados equitativos e inteligentes para o clima

Contribuição ao World Economic Forum

A América Latina é conhecida por suas comunidades vibrantes, culturas únicas e notável biodiversidade. Mas esta região também se encontra na interseção de dois desafios urgentes: a necessidade de ampliar o acesso a cuidados de saúde de qualidade que possam ser oferecidos de forma sustentável, em meio a crescentes pressões ambientais. À medida que líderes globais e agentes de mudança se reúnem para a COP30, no Brasil, é essencial que enfrentem tanto as mudanças climáticas quanto as persistentes lacunas no acesso à saúde em toda a América Latina.


Apesar de alguns avanços recentes, mais de 35% da população da América Latina e do Caribe relatam necessidades de saúde não atendidas, um problema ainda mais grave em comunidades de baixa renda. Para quem vive em regiões rurais e remotas, a infraestrutura limitada e a escassez de profissionais qualificados tornam difícil o acesso até mesmo aos cuidados mais básicos.

 

Com as doenças não transmissíveis, como o câncer e as cardiovasculares, sendo responsáveis por 82% de todas as mortes na região em 2020, os desafios são imensos. Ao mesmo tempo, os próprios sistemas de saúde contribuem significativamente para os problemas ambientais, respondendo por 4% a 5% das emissões globais de CO₂.


Nossa saúde e a saúde do planeta estão interligadas. Como destaca o Plano de Ação de Saúde de Belém da COP30, é fundamental fortalecer sistemas de saúde resilientes às mudanças climáticas e promover equidade e participação nas decisões sobre o clima. A indústria precisa se unir para acelerar a ação coletiva e tornar a saúde parte da solução climática.

Colaborando e inovando

O espírito de colaboração e inovação já se manifesta em toda a América Latina. Parcerias entre governos, universidades, ONGs e empresas estão derrubando barreiras de acesso aos cuidados e promovendo a responsabilidade ambiental, criando as bases para um progresso real e duradouro na construção de sistemas de saúde resilientes ao clima em toda a região.


O Living Lab, uma parceria entre a Philips Foundation, a Philips Brasil e a SAS Brasil, é um excelente exemplo. Apenas em seu primeiro ano, o projeto alcançou mais de 54 mil pacientes em algumas das áreas mais remotas do país, incluindo comunidades amazônicas acessíveis apenas por rio. A iniciativa capacitou enfermeiros da rede pública para realizar procedimentos vitais, como ultrassonografia e telecolposcopia, ampliando o acesso a serviços essenciais de saúde da mulher antes restritos a médicos especialistas.


O Living Lab também levou o rastreamento do câncer do colo do útero diretamente a mulheres indígenas na Amazônia, eliminando a necessidade de longas viagens de barco e provando que a telemedicina pode ser uma verdadeira força de inclusão e equidade. No Nordeste do Brasil, dados mostram que, em um estudo com 4.642 teleconsultas, 86,6% dos casos evitaram encaminhamentos presenciais, economizando tempo, distância e emissões de CO₂ relacionadas ao transporte.


Esses modelos digitais de saúde beneficiam tanto as pessoas quanto o planeta. Projetos semelhantes no Peru, na Argentina e na Colômbia também estão usando tecnologia portátil e capacitação de profissionais para acelerar diagnósticos e tratamentos em áreas de difícil acesso.

Avanços nos diagnósticos

A colaboração também está transformando o campo dos diagnósticos. Na Bahia, um dos maiores estados do Brasil, uma parceria entre o governo estadual, a Philips e um consórcio de diagnóstico criou um centro centralizado de radiologia e implantou 44 sistemas avançados de imagem em 12 hospitais. Com um investimento de R$ 120 milhões em infraestrutura, o projeto possibilitou a realização de mais de 500 mil exames diagnósticos em apenas um ano, beneficiando mais de 3,5 milhões de pessoas com melhor acesso ao rastreamento e ao diagnóstico precoce na década seguinte.


Outros líderes da área de saúde no Brasil e em toda a região também estão adotando esse espírito colaborativo. Mais de 40% já firmaram parcerias com empresas de tecnologia em saúde, e 33% trabalham com instituições de ensino. Entidades governamentais, seguradoras e pagadores também são vistos como aliados essenciais (ambos com 44%), especialmente para melhorar a eficiência e a qualidade do atendimento. Essas colaborações estão ajudando a modernizar hospitais públicos, integrar tecnologias avançadas e promover tanto a sustentabilidade financeira quanto melhores resultados em saúde.


A cooperação também é essencial para fortalecer sistemas de saúde resilientes ao clima. Em carta aberta aos líderes mundiais antes da COP30, a Aliança de Líderes Empresariais pelo Clima, do Fórum Econômico Mundial, destacou o potencial econômico da chamada “economia climática” e incentivou empresas e formuladores de políticas a aproveitarem a oportunidade de gerar mais retorno, resiliência e crescimento. Entre 2019 e 2023, os membros da Aliança reduziram suas emissões em 12% e aumentaram suas receitas em 20%, demonstrando que esforços colaborativos já produzem impacto ambiental e econômico concreto.


Esse progresso mostra o que é possível, e reforça a oportunidade para que o setor da saúde lidere a ação climática.

Construindo tecnologia mais sustentável

A sustentabilidade ambiental também está transformando a tecnologia em saúde em toda a América Latina. Há um crescimento expressivo em sistemas médicos ecoprojetados, em modelos de economia circular que recondicionam equipamentos para uso prolongado e em soluções avançadas de imagem que reduzem a dependência de recursos não renováveis. Isso demonstra como o reuso e o recondicionamento podem tornar o atendimento de alta qualidade mais acessível e, ao mesmo tempo, apoiar as metas de sustentabilidade dos hospitais.


O portfólio crescente da Philips de produtos circulares, energeticamente eficientes e EcoDesigned está reduzindo as emissões e o desperdício nos ambientes hospitalares. Por exemplo, os sistemas de ressonância magnética com tecnologia Philips BlueSeal utilizam apenas 0,5% do hélio necessário em um sistema convencional, reduzindo custos e impactos ambientais.

Um caminho coletivo para o futuro

O impacto e o progresso de longo prazo dependerão da colaboração. À medida que a COP30 reforça a importância de sistemas de saúde equitativos e resilientes ao clima, é hora de líderes da saúde, formuladores de políticas, profissionais e fornecedores impulsionarem inovações energeticamente eficientes, adotarem soluções circulares e construírem parcerias sólidas para promover mudanças duradouras para as futuras gerações.


Com pensamento inovador e colaboração ousada, o setor de saúde pode liderar o caminho, oferecendo melhor cuidado a mais pessoas e, ao mesmo tempo, protegendo o planeta que todos compartilhamos.

Tempo de leitura previsto: 2-4 minutos

Comparta en sus redes sociales

Temas

Autor

felipe basso

Felipe Basso

Diretor Geral

Philips América Latina

You are about to visit a Philips global content page

Continue

You are about to visit a Philips global content page

Continue

Para visualizar melhor o nosso site, utilize a versão mais recente do Microsoft Edge, do Google Chrome ou do Firefox.