São Paulo, outubro de 2025 – Estudos mostram que municípios remotos muitas vezes carecem de serviços especializados locais e que os pacientes precisam viajar longas distâncias para obter diagnóstico ou tratamento, limitando o acesso igualitário à saúde no Brasil [1][2]. O Living Lab, uma parceria entre a Fundação Philips, a Philips Brasil e a SAS Brasil, está provando como a tecnologia e o treinamento podem ajudar a diminuir essa lacuna – atendendo a mais de 54.000 pacientes em seu primeiro ano e capacitando profissionais de saúde para oferecer atendimento de qualidade nas regiões mais isoladas do país.
O Living Lab funciona como um espaço prático de renovação para a educação em saúde digital, utilizando ultrassom e telemedicina para melhorar a prevenção, o diagnóstico e o encaminhamento na atenção primária. O ponto forte do projeto é a formação de enfermeiros da rede pública para realizar procedimentos anteriormente limitados a médicos especialistas, ampliando o acesso a exames de saúde feminina, imagens pré-natais e outros serviços essenciais.

Um exemplo recente foi o treinamento de enfermeiros da Expedicionários da Saúde (EDS), uma organização voluntária que há mais de duas décadas presta assistência a comunidades indígenas nas profundezas da Floresta Amazônica. Por meio do Living Lab, os enfermeiros aprenderam a realizar exames de telecolposcopia, permitindo que as mulheres realizem exames de câncer de colo do útero em suas próprias aldeias, sem precisar mais viajar dias de barco para chegar a um hospital.
“O Living Lab é a realização de um sonho que está nos permitindo levar atendimento médico, por meio da telemedicina, a pessoas que vivem em comunidades remotas sem acesso, além de capacitar e disseminar conhecimento em saúde para que o impacto possa ser replicado e se expandir ainda mais”, explica Sabine Zink Bolonhini, cofundadora e CEO da SAS Brasil.

O Living Lab se baseia na colaboração iniciada em 2022 entre a Philips Foundation, a Philips Brasil e a SAS Brasil, que estabeleceram quatro centros de telessaúde em áreas remotas e carentes. Juntos, esses centros já realizaram mais de 54.000 consultas online e presenciais, ao mesmo tempo em que incorporaram um modelo sustentável: hoje, três dos centros são totalmente operados por enfermeiros de saúde pública, garantindo acesso contínuo sem dependência de especialistas externos.
“Em nome da Philips Foundation e da Philips Brasil, é uma honra para nós poder contribuir com este projeto tão relevante que amplia o acesso à saúde de qualidade para todos os cantos do Brasil. Estamos muito felizes e orgulhosos de todos os envolvidos na ação e temos certeza de que há muito a ser construído e que a SAS Brasil pode contar conosco nesta jornada que apenas começou”, destaca André Duprat, Diretor Geral da Philips Brasil.
Enquanto o Brasil se prepara para sediar a COP30 em Belém [3], o trabalho do Living Lab em regiões remotas como a Amazônia oferece lições valiosas sobre como a inovação na área da saúde pode alcançar populações que enfrentam tanto o isolamento geográfico quanto a vulnerabilidade ambiental. Ao capacitar profissionais locais e integrar a telessaúde aos cuidados públicos, o projeto apoia uma prestação de serviços de saúde mais inclusiva e adaptável.
O Living Lab também serve como uma plataforma de pesquisa e aprendizagem, gerando insights para informar os formuladores de políticas sobre como as ferramentas digitais podem fortalecer de forma sustentável o sistema de saúde pública do Brasil. Trabalhando em conjunto com parceiros da academia e do setor de saúde, a iniciativa avaliará a relação custo-benefício e os resultados de saúde para apoiar a Estratégia Nacional de Saúde Digital [3] do país e promover a adoção mais ampla da atenção primária viabilizada pela tecnologia.
“Nosso objetivo é transformar a inovação na área da saúde em evidências e as evidências em políticas”, afirma Eddine Sarroukh, diretor da Fundação Philips. “Ao compreender o que realmente funciona em ambientes desafiadores como a Amazônia, podemos ajudar a moldar sistemas de saúde futuros que sejam mais equitativos e resilientes, no Brasil e em outros países.”
Um número crescente de pesquisas também mostra que a telemedicina pode reduzir a necessidade de longas viagens dos pacientes, ajudando a diminuir as emissões relacionadas a deslocamentos e, ao mesmo tempo, melhorar o acesso a cuidados especializados. No Nordeste do Brasil, por exemplo, 86,6% das teleconsultas evitaram encaminhamentos presenciais, economizando tempo, distância e emissões de CO₂ [2]. Essas informações destacam como a abordagem do Living Lab não apenas melhora o acesso aos cuidados, mas também contribui para um modelo mais sustentável de prestação de cuidados de saúde — um que apoia tanto as pessoas quanto o planeta.
[1] BMC Health Services Research (2022). Provision of specialized care in remote rural municipalities in Brazil: context, challenges, and perspectives [2] BMJ Journals (2024). Impact of telemedicine on reducing travel-related CO2 emissions in chronic disease care [3] Guia da Assembleia Geral das Nações Unidas (2025). Advancing climate and health action on the road to COP30 [4] Ministério da Saúde do Brasil (2021). 1st Brazilian National Digital Health Strategy 2020-2028 Monitoring and Evaluation report
A Philips Foundation é uma organização sem fins lucrativos, criada em 2014 com a missão de melhorar o acesso a cuidados de saúde de qualidade em comunidades carentes. A Philips Foundation busca atingir esse objetivo por meio de duas abordagens complementares: concedendo subsídios a organizações não governamentais e parceiros comunitários para testar e ampliar soluções comprovadas na área da saúde e realizando investimentos de impacto em empreendimentos tecnológicos que combinam sustentabilidade com resultados mensuráveis na área da saúde. Ao combinar esses modelos e potencializar a experiência da Philips em tecnologia de saúde, a Fundação Philips desenvolve novos caminhos para o atendimento de fácil acesso. Sua ambição é alcançar 100 milhões de pessoas por ano com melhor acesso à saúde até 2030. Mais informações podem ser encontradas em www.philips-foundation.com.
A Royal Philips (NYSE: PHG, AEX: PHIA) é uma empresa líder em tecnologia da saúde focada em melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas por meio de inovações significativas. A inovação da Philips, centrada no paciente e nas pessoas, aproveita tecnologia avançada e profundo conhecimento clínico e do consumidor para oferecer soluções de saúde pessoais para consumidores e soluções de saúde profissionais para prestadores de serviços de saúde e seus pacientes em hospitais e em casa. Com sede na Holanda, a empresa é líder em diagnóstico por imagem, ultrassom, terapia guiada por imagem, monitoramento e informática empresarial, bem como em saúde pessoal. A Philips gerou vendas de 18 bilhões de euros em 2024 e emprega aproximadamente 67.300 funcionários, com vendas e serviços em mais de 100 países. Notícias sobre a Philips podem ser encontradas em www.philips.com/newscenter.
A SAS Brasil é uma organização social cuja missão é levar atendimento especializado àqueles que não têm acesso a ele. Desde 2013, atua de forma itinerante em cidades sem acesso a médicos especialistas, resolvendo problemas de saúde de ponta a ponta, desde a prevenção até o diagnóstico e tratamento, impactando diretamente as filas de espera do SUS. A SAS Brasil também atua com telessaúde, garantindo acesso a diversas especialidades para milhares de pessoas, e criou soluções inovadoras e premiadas, nacional e internacionalmente, como cabines de telemedicina e exames ginecológicos remotos pioneiros, como ultrassom e colposcopia. Mais de 420 mil pessoas já foram atendidas em mais de 350 cidades em 24 estados brasileiros. Mais informações em www.sasbrasil.org.br.