Dez coisas a saber sobre o acesso global ao atendimento médico
29 de novembro de 2022 – Tempo de leitura: 5-7 minutos
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 3,5 bilhões de pessoas, ou seja, quase metade da população mundial, não têm acesso ao atendimento médico de que precisam, com quase 100 milhões de pessoas sendo empurradas para a pobreza extrema a cada ano por causa de despesas diretas [1]. E a COVID-19 apenas intensificou essa situação, impactando desproporcionalmente populações carentes e marginalizadas, agravando as disparidades de saúde existentes e forçando as pessoas vulneráveis a posições ainda mais precárias [2].
A pandemia também paralisou o progresso em direção à Health For All, o esforço coletivo para garantir que todas as pessoas tenham acesso a atendimento médico até 2030 (um compromisso feito pelos estados-membros das Nações Unidas). Ninguém deve ficar doente e morrer porque não teve o atendimento médico de que precisava, mas, sem uma ação drástica, a OMS estima que, até 2030, até 5 bilhões de pessoas não terão acesso a atendimento médico. 1. A saúde é um direito humano 2. A concretização do Health For All não é possível sem um planeta saudável
Aqui estão dez coisas importantes a saber sobre a luta para aumentar o acesso global ao atendimento médico:
Desde 1946, o direito à saúde (incluindo noções básicas como acesso a atendimento, água potável segura e moradia adequada) tem sido reconhecido internacionalmente como um direito humano fundamental. No entanto, infelizmente, concretizar o esforço Health For All em meio às mudanças climáticas, ao aumento de doenças crônicas, migrações sem precedentes e a outros desafios globais é mais difícil do que nunca. O Health For All exigirá metas compartilhadas e colaboração em larga escala. As 17 ambições globais representadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS da ONU) servem como um apelo urgente à ação e um "modelo" coletivo para um futuro melhor.
Além do ODS 3 da ONU: garantir vidas saudáveis e promover o bem-estar para todos, os ODS da ONU reconhecem explicitamente que, para as pessoas prosperarem, elas precisam viver em um mundo limpo. Os ODS 12 e 13 da ONU, por exemplo, defendem a produção e o consumo responsáveis e a ação climática, respectivamente. A ONU declarou recentemente que um ambiente saudável e sustentável é um direito humano. Os esforços para promover a boa saúde para todas as pessoas não podem ignorar a saúde do nosso planeta.
3. Os determinantes sociais têm grandes impactos na saúde
Os alimentos que comemos, a água que bebemos e o ar que respiramos desempenham um grande papel em nossa saúde geral. Sem falar nas casas em que vivemos e na educação que recebemos. Esses determinantes sociais são os principais impulsionadores das desigualdades globais em saúde [4], que só são agravadas por conflitos geopolíticos, eventos climáticos e surtos de doenças. Além de inovar soluções que ajudam a levar atendimento de qualidade a comunidades carentes, a Philips trabalha com governos e outros parceiros públicos e privados nos países em que atuamos para abordar questões sociais amplas (por exemplo, direitos humanos e mudanças climáticas) e fornecer apoio às pessoas durante crises globais (por exemplo, COVID-19 e a guerra na Ucrânia).
4. O atendimento médico primário é fundamental para a construção de sistemas de saúde resilientes
Capazes de gerir 90% das necessidades de atendimento médico[5], o atendimento médico primário é uma forma rentável de responder às necessidades de saúde abrangentes, desde a prevenção e tratamento de doenças até à reabilitação e cuidados paliativos, precocemente e perto de casa.[6] O atendimento médico primário é fundamental para fortalecer a resiliência do sistema de saúde e amplamente considerado como a maneira mais inclusiva e igualitária de alcançar o Health For All.[7] Dada a miríade de crises que testam a adequação e a resiliência do atendimento médico, há uma necessidade premente de repensar o atendimento médico primário. Isso significa utilizar a capacitação de atendimento digital e virtual e desenvolver modelos que conectem recursos públicos e privados, envolvam comunidades e estendam o alcance completamente.
5. O financiamento de impacto é um facilitador fundamental
O financiamento é muitas vezes uma barreira para a construção de sistemas de saúde resilientes, especialmente em áreas carentes. As empresas do setor privado podem desempenhar um papel catalítico na mobilização de financiamento trabalhando com organizações como a Health Finance Coalition e fazendo parcerias com investidores de impacto como a Invest International para financiar projetos de saúde. Como investidora no Medical Credit Fund 2, a Philips está ajudando a fornecer financiamento a profissionais de saúde em toda a África. Veículos de investimento de impacto social, como a Philips Foundation Impact Investments B.V., podem ajudar a apoiar iniciativas de saúde promissoras na superação de lacunas de financiamento. Trabalhar com uma rede em expansão de parceiros de financiamento comprometidos com a construção de sistemas de saúde fortes por meio de soluções digitais sustentáveis e escaláveis e novos modelos de negócios e financiamento ajuda a permitir um impacto social em larga escala.
6. A saúde materno-infantil é essencial para a saúde global
Globalmente, mais de 800 mulheres morrem todos os dias de causas relacionadas à gestação e ao parto [7] e, em 2020, cerca de 13.800 crianças com menos de cinco anos morreram todos os dias [8] (mortes que podem ser amplamente evitadas). Além disso, estudos clínicos apontam para a conexão entre a probabilidade adulta de doença e no útero e condições de vida precoce [9]. Ao identificar gestações de alto risco mais cedo, expandir o acesso ao atendimento médico e monitoramento e fornecer ferramentas para apoiar comportamentos saudáveis, podemos ajudar melhorar os desfechos materno-infantis e contribuir para uma melhor saúde em todo o mundo.
7. A transformação digital oferece novas oportunidades de atendimento
A transformação digital do atendimento médico usa o poder das novas tecnologias, dados, IA, plataformas baseadas em nuvem, parcerias e modelos de negócios inovadores para melhorar os resultados de saúde, reduzir o custo do atendimento, aumentar o acesso e melhorar a experiência de atendimento humano. Garantir que ninguém seja deixado para trás requer uma abordagem igualitária que promova o acesso ao atendimento para todos. Em ambientes remotos e rurais, a telessaúde, em particular, é uma grande promessa para aumentar o acesso ao atendimento médico. Plataformas globais como a Digital Connected Care Coalition podem ajudar a acelerar a transformação digital do atendimento médico em países de baixa e média rendas.
8. Parcerias estratégicas podem produzir melhores resultados Junte-se a nós! Veja como você pode ajudar a apoiar o Health For All: Referências [1] Tracking Universal Health Coverage: 2017 Global Monitoring Report, World Bank, OMS. 2017 [2] 2022 Global Health Care Outlook, Deloitte. 2021 [3] Countries must invest at least 1% more of GDP on primary health care, WHO. Septiembre 2019 [4] COVID-19 and the social determinants of health and health equity, WHO. Diciembre 2022 [5] The missing link – the role of primary care in global health, Global Health Action. Febrero 2014 [6] A Vision for Primary Health Care in the 21st Century, OMS, UNICEF. 2018 [7] Primary health care overview, OMS [8] Under-five mortality, UNICEF. Diciembre 2021 [9] Effect of In Utero and Early-Life Conditions on Adult Health and Disease, New England Journal of Medicine. Julio 2008
A resposta à COVID-19 demonstrou que, quando os parceiros certos se unem em torno de um propósito comum e um senso de urgência compartilhado, eles podem oferecer resultados incríveis. A colaboração entre governos, organizações não governamentais e outros parceiros públicos e privados ajuda a garantir soluções de saúde mais adequadas e sustentáveis. Parcerias de valor compartilhado, como as parcerias de longa data da Philips com a Amref Health Africa e a UNFPA, alavancam o poder de inovação do setor privado para causar um impacto real. Parceiros com pontos fortes complementares, trabalhando em estreita colaboração com os envolvidos no atendimento médico e as comunidades atendidas, podem juntos alcançar resultados de saúde notáveis.
9. As inovações de saúde centradas nas pessoas oferecem atendimento mais equitativo
Projetar tecnologias de saúde impactantes e equitativas começa ouvindo pacientes e profissionais de saúde. Envolver a comunidade local na cocriação fornece informações sobre as necessidades de saúde e as barreiras que as pessoas enfrentam. Uma abordagem de inovação verdadeiramente inclusiva exige "empatia radical", abordando vieses às vezes desconfortáveis e reconhecendo a gama de fatores que contribuem para as lacunas de saúde. Não existe tamanho único. As melhores soluções mantêm as pessoas no centro do processo de inovação, adaptando-se à medida que as necessidades mudam.
10. Medir o impacto ajuda a impulsionar mudanças positivas
Os compromissos não são suficientes. A mudança requer ação e evidências de impacto. Como parte do nosso propósito, a Philips está empenhada em melhorar a vida de 2,5 mil milhões de pessoas por ano até 2030, incluindo 400 milhões de pessoas que vivem em comunidades carentes. Não apenas estabelecemos metas tangíveis, mas também compartilhamos os resultados de nossas ações. Para garantir que permaneçamos no caminho certo, um modelo auditado externamente nos informa quantas vidas melhoraram com os nossos produtos e soluções em determinado ano. Por meio da tecnologia (digital), da inovação e do trabalho com parceiros em todo o mundo, a Philips e a Philips Foundation estão ajudando a expandir o acesso a serviços de saúde de qualidade para os mais necessitados.
Como pessoa, você pode promover Dia da Cobertura Universal de Saúde (UHC) em 12 de dezembro em sua organização, compartilhar informações e recursos e incentivar a sua organização a participar da UHC2030 como parceira.
Você faz parte de uma empresa privada? O UHC2030 Private-Sector Constituency (UHC2030 PSC) é uma plataforma para entidades do setor privado que desejam trocar e colaborar na cobertura universal de saúde. Além disso, a Digital Connected Care Coalition (DCCC) é uma coalizão global que acelera a transformação digital do atendimento médico em países de baixa e média rendaw, e eles estão continuamente trazendo novos parceiros comprometidos com a missão de cobertura universal de saúde. A DCCC pode ajudá-lo a encontrar parceiros com competências complementares. Explore ideias e aprendizados de projetos atuais e passados no Knowledge Hub da Philips Foundation.
Você é um empreendedor social com uma empresa de saúde inovadora e escalável que procura colaborar? Encontre oportunidades de parceria com a Philips Foundation para acelerar as soluções de acesso à saúde de alto impacto. Confira insights e aprendizados de projetos e atividades atuais e passados da Philips Foundation e explore novas ideias, soluções ou modelos para dimensionar o acesso ao atendimento em comunidades carentes no Knowledge Hub da Philips Foundation.
Você é um investidor de impacto com foco na saúde, particularmente nas áreas de inovação, digitalização e saúde materno-infantil?Conecte-se a um ecossistema mais amplo e saiba mais sobre as oportunidades da Philips Foundation Impact Investments B.V..
