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mai 04, 2020

Telemedicina amplia alcance de cuidados médicos

  • A tecnologia é vista como ferramenta fundamental em situações de crise na saúde.

O novo coronavírus muda hábitos das populações, transforma a cultura de empresas e provoca um impacto gigantesco na economia global. Por outro lado e ao mesmo tempo, a crise confirma a capacidade da tecnologia de propor soluções em períodos críticos.

 

A telemedicina – ou telessaúde, como preferem chamar especialistas na área – tem se destacado ao responder às demandas da pandemia que corre o mundo. Em meio ao crescimento das políticas de isolamento social e lockdown, a empresa de pesquisas Forrester Research prevê mais de 1 bilhão de atendimentos virtuais em 2020; desse volume, 900 milhões relacionados ao novo coronavírus 1.

 
No Brasil, ainda em caráter temporário, o Ministério da Saúde formalizou a telemedicina 22 dias após a confirmação do primeiro caso de coronavírus no país 2. A teleconsulta e outras modalidades de cuidado remoto, como atendimento pré-clínico, suporte assistencial, monitoramento e diagnóstico, foram autorizadas enquanto durar a pandemia. Desde então, milhares de atendimentos remotos vêm ocorrendo todos os dias 3.
 
“Com a crise do coronavírus, ficou patente o benefício da tecnologia de entregar saúde sem expor pacientes e profissionais ao risco de contágio e contribuindo para a contenção da disseminação da doença”, diz Luiz Arnoldo Haertel, medical director de EMR da Phillips. “A telemedicina indelevelmente caminha para ter um papel marcante em nosso cotidiano. O futuro pode ser surpreendente neste sentido”, acrescenta Haertel.
  
Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e um dos grandes estudiosos do assunto no Brasil, Chao Lung Wen vê no atendimento à distância uma parte da transformação digital pela qual passa a sociedade como um todo. Para ele, a telemedicina é uma das ferramentas para universalizar a atenção à saúde.
 
Wen discorda das críticas de que o método desumaniza o trabalho do médico. “Desumano é não dar atenção a quem precisa”, pontifica. Por isso, em meio a momentos como a crise atual, ele defende a teleconsulta como “a solução mais humana para cuidar das pessoas que estão em isolamento social”.
 
Mais acesso a um menor custo
Mesmo antes do momento atual, a telemedicina já era apontada como uma importante ferramenta para ampliar o acesso à saúde. Em uma série de diretrizes a respeito de telemedicina, em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatizava a importância de incluir populações vulneráveis. “As tecnologias digitais são ferramentas vitais para promover cobertura universal de saúde e manter o mundo seguro”, afirmou Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, na época do lançamento dessas recomendações 4.
 

Nesse sentido, um estudo em desenvolvimento pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) cita a contribuição da telemedicina para o acesso a atendimento em regiões do território brasileiro distantes de centros urbanos, locais onde faltam profissionais de saúde 5.

 

Enquanto em São Paulo há quatro médicos para cada grupo de mil pessoas, na região Nordeste a proporção cai para dois médicos para mil habitantes e chega a menos de um médico a cada mil habitantes em alguns estados do Norte. Ainda de acordo com o estudo, a telemedicina também tem potencial para produzir maior economia para os sistemas de saúde do país, estimada em 2% do gasto total, por tornar os atendimentos mais rápidos, reduzir custos com espaços, instalações físicas e transporte de pessoal.

 

Seja no Brasil ou em outros países, os sistemas de saúde público e privado costumam enfrentar uma tensão constante para equilibrar acesso e orçamento. A pandemia do coronavírus tornou mais agudo o déficit financeiro de grande parte das instituições de saúde.

 

Em artigo publicado na revista The Lancet, Eric Topol e Ray Dorsey referem-se à redução de custos proporcionada pela telessaúde como um forte impulsionador da mudança para o atendimento virtual. Os autores preveem a tendência de adoção mais ampla da prática em países de renda média e baixa, onde os smartphones são onipresentes, embora os hospitais sejam escassos em determinadas regiões6. É o caso do Brasil, em que 70% da população tem acesso à internet 7.

 

“A pandemia do coronavírus provocou uma crise de saúde sem precedentes, que tem levado a uma inegável aceleração na transformação digital em todas as áreas, do varejo a serviços, e com a medicina não é diferente”, opina Juliana Passos, product manager de Eletronic Medical Records da Philips. “Teremos cada vez mais pacientes, médicos e outros profissionais de saúde virtualmente conectados: é a grande oportunidade de transformar o acesso à saúde para toda a população”, completa Juliana.
 

Segurança abrangente

O complexo cenário pandêmico realçou virtudes da telemedicina, como a capacidade de romper barreiras geográficas para levar saúde e promover redução de custos, além de trazer mais comodidade, facilidade, conforto e menos exposição aos riscos para as pessoas.

 

No contexto atual, tem se sobressaído também a proteção que a telemedicina pode oferecer aos médicos e demais profissionais de saúde. Um artigo publicado na BBC apontou que, durante a crise, havia hospitais no Reino Unido com áreas em que 50% da equipe estava infectada. A fonte da informação teria sido uma autoridade do sistema de saúde local. Estima-se que o quadro global seja crítico, embora não haja levantamentos com números precisos 8.

 

“A telessaúde é o novo EPI”, diz o professor Wen, referindo-se aos equipamentos de proteção individual. “Ela possibilita que médicos experientes, de idade superior a 65 anos e pertencentes a grupos de risco, permaneçam protegidos, porém auxiliando a população com atendimento à distância.”

 

Mas se o distanciamento protege do contágio, outro tipo de segurança costuma ser questionada ao se falar de telemedicina: a da informação. A garantia do sigilo dos dados do paciente é uma preocupação. Meios populares de comunicação, como ferramentas de mensagem, podem não ser os mais adequados para esse uso profissional. Além disso, de acordo com o CFM, a consulta remota, assim como a presencial, precisa ser acompanhada do registro em prontuário.
 
Para ter acesso aos benefícios da telemedicina sem abrir mão da segurança, a escolha da ferramenta para a telemedicina é um passo importante. No Tasy, sistema de gestão da Philips, as funcionalidades de teleconsulta e telemonitoramento permitem o contato entre médico e paciente por videochamada em um ambiente privativo, criptografado de ponta a ponta e amigável aos usuários.
 
No momento em que a consulta é agendada no sistema, o Tasy gera automaticamente um link (URL) exclusivo para o paciente. Esse link é enviado por e-mail e, através do endereço, é estabelecida uma conexão segura e privada com o médico. O profissional de saúde, por sua vez, pode acessar o prontuário do paciente e atualizá-lo enquanto vê o paciente.
 
O lançamento das funcionalidades de teleconsulta e telemedicina são um passo natural na evolução dos sistemas de gestão hospitalar. “No passado, as soluções eram departamentais: especializadas em UTIs, centros cirúrgicos, emergências e demais áreas”, explica Haertel. “O Tasy oferece, em uma plataforma única, comunicação horizontal com segurança, privacidade e eficiência.”
 
Mais de mil instituições de saúde no Brasil, entre públicas e privadas, utilizam o sistema de gestão em saúde Tasy. Entre elas estão desde clínicas, hospitais, laboratórios até grandes grupos, que contam com hospitais de alta complexidade. Independentemente do tamanho da instituição de saúde, a tecnologia é capaz de otimizar recursos, agilizar processos e evitar desperdícios.
 

Tais características fazem do Tasy um aliado do uso responsável da telemedicina. A construção de uma medicina conectada passa por munir os profissionais de saúde com a tecnologia, em ambientes digitais desenhados para o melhor resultado ao paciente.

Referências

  1. FORRESTER RESEARCH INC (Estados Unidos). US Virtual Care Visits To Soar To More Than 1 Billion. 2020. Disponível em: https://go.forrester.com/press-newsroom/us-virtual-care-visits-to-soar-to-more-than-1-billion/. Acesso em: 10 maio 2020.
  2. BRASIL. Diário Oficial da União (2020). Portaria Nº 467, de 20 de Março de 2020. 56-B. ed. Brasília, DF, 23 mar. 2020. Disponível em: http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-467-de-20-de-marco-de-2020-249312996. Acesso em: 10 maio 2020.
  3. LEÃO, Ana Letícia. Telemedicina: plataformas registram salto no número de atendimentos, mas especialistas veem brechas na legislação. O Globo. São Paulo, 15 abr. 2020. Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/coronavirus/telemedicina-plataformas-registram-salto-no-numero-de-atendimentos-mas-especialistas-veem-brechas-na-legislacao-24333891. Acesso em: 08 maio 2020.
  4. BRASIL. Conselho Federal de Medicina (2018). Resolução nº 2.227/2018, de 12 de dezembro de 2018. Brasília, DF, 13 dez. 2018. Disponível em: https://portal.cfm.org.br/images/PDF/resolucao222718.pdf. Acesso em: 10 maio 2020.
  5. BRASIL. Conselho Federal de Medicina (2019). Revogação da Resolução nº 2.227/2018. Conselheiros do CFM Revogam A Resolução Nº 2.227/2018, Que Trata da Telemedicina. Brasília, DF, 22 fev. 2019. Disponível em: https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=28096:2019-02-22-15-13-20&catid=3. Acesso em: 08 maio 2020.
  6. ORSEY, Earl Ray; TOPOL, Eric Jeffrey. Telemedicine 2020 and the next decade. The Lancet. [s.l.], p. 859. 14 mar. 2020. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)30424-4/fulltext#%20. Acesso em: 08 maio 2020.
  7. Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação. TIC Domicílios – 2018. Acesso a Tecnologias da Informação e da Comunicação. 2018. Disponível em https://cetic.br/tics/domicilios/2018/domicilios/A/. Acesso em: 08 maio 2020.
  8. COHEN, Deborah. Coronavírus: por que a covid-19 afeta tanto os profissionais de saúde. BBC News. Brasil, 1º abr. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52119508. Acesso em: 08 maio 2020.

Sobre a Royal Philips

Royal Philips é uma empresa líder em tecnologia da saúde, focada em melhorar a qualidade de vida das pessoas e em permitir melhores resultados por meio do ciclo completo da saúde, que envolve desde vida saudável e prevenção, até diagnóstico, tratamento e cuidados domiciliares. A Philips se utiliza de tecnologia avançada e de profundos conhecimentos clínicos, assim como das perspectivas dos consumidores, para oferecer soluções integradas. A empresa, com sede na Holanda, é líder em diagnóstico por imagem, terapia guiada por imagem, monitoração de pacientes, informática voltada à saúde, saúde do consumidor e cuidados domésticos. Em 2018, o segmento de tecnologia de saúde da Philips alcançou 18,1 bilhões de euros em vendas e emprega cerca de 77 mil colaboradores de vendas e serviços em mais de 100 países. Para obter mais informações sobre a Philips, acesse: www.philips.com/newscenter

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