O aumento da inflação hospitalar acima do mercado, exames e procedimentos duplicados, judicialização da saúde, novas tecnologias, esses são alguns dos fatores responsáveis pelo aumento dos custos da saúde. Para combater esses aumentos as operadoras vem utilizando diversas técnicas, mas até agora não chegaram a uma solução definitiva. Foram criados planos com taxa de coparticipação, negociações de volume com fornecedores no intuito de baratear o custo de insumos e o mercado vem fomentando uma mudança no modelo de atenção, caminhando para a atenção primária e os médicos da família. A abordagem mais recente que conta com o apoio da tecnologia, é o Registro Eletrônico de Saúde, mais conhecido como RES. Já utilizado em diversos lugares do mundo, possibilita a melhora na qualidade da assistência e redução do custo, principalmente do desperdício. O RES permite a integração de diversos prontuários eletrônicos em um único local, unificando os dados de diferentes sistemas de gestão através de um protocolo internacional de comunicação. Com o RES um médico no hospital pode identificar alergias, medicamentos em uso, procedimentos realizados e muitas outras informações do histórico de saúde dos pacientes, mesmo quando estiverem pela primeira vez na sua instituição. Com o histórico de resultados de exames laboratoriais e laudos de exames de imagem o médico faz um diagnóstico mais preciso, evitando reações alérgias ou interações medicamentosas. Além da economia com os eventos adversos, é possível consultar exames ainda válidos, evitando duplicidades e exposição do paciente a terapias invasivas. A implantação do RES em instituições de saúde é pioneira e bastante inovadora, mas os números comprovam a sua eficácia. A Austrália implementou um RES nacional e nos 10 primeiros anos investiu $14,2 bilhões e teve um saving de $19,4 bilhões no mesmo período. E os números melhoram ainda mais com o tempo: a partir do 11º ano o custo anual caiu para $933 milhões e o saving aumentou para $2,99 bilhões. Outro caso de sucesso internacional é o Canadá, onde 60% dos médicos do país utilizam a plataforma para compartilhamento de dados clínicos. Pelos estudos publicados, com a utilização do RES são economizados $5,9 milhões de horas da força de trabalho, gerando um valor de $1 bilhão através do sistema de saúde. Outro dado interessante é a redução de 24% no total de exames devido a duplicidades e uma redução de 40% nos eventos adversos, tudo isso possibilitado pela plataforma. Nenhuma ação isolada irá resolver todos os problemas do nosso sistema de saúde no Brasil, mas a tecnologia existe para apoiar essa transição e para ajudar as operadoras a melhorarem os seus fluxos de trabalho e as suas margens. Além disso uma iniciativa que une redução de custos e melhora assistencial não pode ser deixada de lado.
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Continue Com mais de 8 anos de experiência no mercado de Healthcare, Guilherme atuou em companhias como Unimeds e Philips. Durante este período, passou por áreas de Tecnologia, Inteligência do Negócio, Escritório de Projetos e Comercial, atuando como gestor de equipes multidisciplinares e como consultor de negócios.